sexta-feira, 3 de outubro de 2008

[Crítica] Controle Absoluto



       Nossa, faz tempo que eu escrevi a minha última crítica de cinema, no dia 24 de Agosto. Mas... aqui está uma fresquinha, de um filme que você verá em cartaz caso vá no cinema neste final de semana. Controle Absoluto (Eagle Eye) é um filme com muita ação, atores competentes, e a clássica trama paranóica americana. Tudo começa quando Jerry Shaw, o típico filho não-era-o-que-os-pais-esperavam, vai ao funeral de seu irmão gêmeo, que não via por 3 anos. A relação de Jerry com a família é tensa, onde as discussões sempre chegam ao Por que você não é como seu irmão?
       Paralelamente, é apresentada uma mãe solteira, Rachel Holloman, que manda seu único filho para uma apresentação musical em Washington, pois tem suas "responsabilidades" com o trabalho, frustrada com seu ex-marido pai ausente. Quando Jerry volta do funeral e chega em seu apartamento, ele se depara com várias caixas contendo armas, balas, fertilizantes (até agora não entendi essa parte, mas tudo bem), e escambal. Ainda no apartamento, ele recebe uma ligação de uma mulher com voz de Call Center que o manda fugir pois o FBI estaria entrando em seu apartamento.
       Jerry ignora o conselho e... bum! é levado pelo FBI, sendo acusado de terrorismo. Mas... lá vem a voz mágica de novo e ela o salva, o deixando fugir do prédio de uma maneira interessante... enquanto isso, Rachel é obrigada a pilotar um carro pela mesma voz em seu celular, sendo chantageada, pois se ela não obedecer, seu filho irá morrer. Algo curioso que acontece na fuga de Jerry do prédio do FBI, é que a voz no telefone parece saber exatamente onde ele está, ligando para ele no celular do cara ao lado no metrô.
       Jerry acaba entrando no carro que Rachel estava sendo obrigada a dirigir, se unindo nesta missão onde são controlados como fantoches por uma voz onisciente e onipotente, pois pode acionar qualquer dispositivo eletrônico por acesso remoto, seja um celular ou guindastes num ferro velho. Descobre-se mais tarde que essa voz na verdade é uma máquina do governo, que tem como finalidade combater ameaças à segurança nacional dos EUA e que, como sempre, decidiu agir sozinha. Pronto, a sinopse acaba aqui.
        O filme traça, sob a trama emocional Rachel-Jerry, uma realidade que pôde decolar com a ajuda da nossa querida amiga, a internet. Afinal, é tão difícil traçar um perfil de personalidade sobre os usuários da Rede? basta rastrear tudo o que o usuário escreve, vê, ouve e pesquisa na web. Você usa o Orkut? parabéns, você facilitou o trabalho da Aria (a vozinha do filme) em traçar o seu perfil de personalidade, pois você mesmo o fez. Seus gostos musicais, as comunidades que você participa, as suas buscas, os vídeos que você assiste no YouTube, enfim... é a exposição dos cidadãos como nunca antes houve na História.
        Tudo o que a Aria tem que fazer é reunir estas informações, e analisá-las. Outro ponto interessante que o filme mostra é como nós somos monitorados. Nunca antes nós estivemos tão vigiados, filmados por câmeras de "segurança", seja em lugares fechados como num shopping center, ou mesmo no meio da rua. Um regime repressivo teria hoje uma maravilhosa aliada, a mesma que cultuamos hoje: a tecnologia.
       Bem, vamos voltar ao filme (foi mal, às vezes viajo e esqueço de voltar...): os efeitos especiais de Controle Absoluto são raros, mas quando aparecem são muito bem feitos. O que mais intriga o público é como o universo de Jerry e Rachel é tão bem sincronizado por Aria, seja fechando e abrindo semáforos de trânsito, seja abrindo portas de segurança e air-bags de carros estacionados. Tudo isso dá um tom surrealístico ao filme, ao mesmo tempo que o expectador se pergunta: Seria possível?
        O final surpreende, e o filme não decepciona. Recomendo-o para quem queira ver um filme de ação mentiroso, mas com uma trama interessante e uma pitadinha de romance. Dou a nota de 5 Estrelas por ser um dos poucos filmes de ação mentirosos que convencem! ah, e não se esqueçam de levar a pipoca! abaixo, o trailer legendado:

Bom filme a vocês!

2 comentários:

Anônimo disse...

Também assisti e gostei bastante, mas achei que a pitadinha de romance no final ficou meio clichê... Mesmo assim, é um filme muito bom ^^
Ótima sinopse, viu rapaiz? E essas viajadas no meio são necessárias, não deixe de fazê-las porque elas dão mais profundidade pro que você escreve \o/
Um abraço e bom fim-de-semana!

Anne Dayse disse...

O filme parece interessanteeeee, massa teu blog,
otimo final de semana

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